quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Professores ameaçam não iniciar ano letivo e reivindicam novo piso

Profissionais da rede estadual da educação em Mossoró realizaram parada ontem e se reuniram, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), para debater a implantação no Rio Grande do Norte do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), sancionado recentemente pelo presidente Lula e que fixa em R$ 950 o salário-mínimo do professor do magistério para jornada de 40 horas semanais.Na reunião de ontem, que contou com a participação da deputada federal Fátima Bezerra (PT), presidente de comissão na Câmara Federal em defesa do piso, a categoria decidiu realização de assembléia, no primeiro dia letivo de 2009, para votar indicativo de greve, caso o Governo do Estado não institua o piso em janeiro de 2009, como determina a Lei 11.738/08.Ou seja, os professores não iniciarão o ano letivo se o novo piso não for instituído no Rio Grande do Norte, segundo o coordenador de comunicação da regional de Mossoró do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (SINTE/RN), Rômulo Arnaud.Para fortalecer a luta em favor do piso, os professores também realizarão Jornada Pedagógica em contraponto à Semana Pedagógica realizada pela Secretaria Estadual de Educação na semana que antecede o início do ano letivo. Objetivo é articular toda a categoria para a mobilização do novo salário mínimo do professor. Também na reunião de ontem, a deputada federal Fátima Bezerra falou da contestação do novo piso no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos governadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará, que ingressaram na Corte com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra o piso."O piso não é anticonstitucional e é imprescindível para aumento da auto-estima dos professores e melhoria da educação pública no Rio Grande do Norte", afirma a parlamentar, acrescentando que o Governo do RN ainda não se pronunciou oficialmente sobre a questão.

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