sexta-feira, 6 de julho de 2007

ATENÇÃO! CONCURSO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO NORTE

Secretário de Saúde anuncia:
concurso público para setembro deste ano com mil vagas

Assumindo o grande déficit na quantidade e qualidade dos profissionais da Saúde do Estado, o secretário estadual Adelmaro Cavalcante adianta que para o mês de setembro deste ano, o Estado pretende lançar o edital do concurso público que vai contratar cerca de mil novos funcionários. "Chegamos ao princípio de que só melhorar hospitais não atende à demanda de saúde do Estado. Pois, o mais importante é a qualidade dos profissionais", afirma.Por mais de dez anos, o Rio Grande do Norte não disponibilizou concursos públicos, nem houve aumento na remuneração dos funcionários da saúde. Foram criados alguns mecanismos de compensação, como os plantões eventuais. O Estado ao longo desse tempo apresentou uma grande deficiência de servidores. Para superar essa carência, as fundações e os consórcios de saúde serão implantados no Programa de Saúde da Família (PSF), que tem várias dificuldades de funcionamento.O secretário apresenta a nova conjuntura do Plano de Cargos, Carreiras e Salários e diz que o Pacto para a Saúde tem o objetivo de suprir essas necessidades. "Para os profissionais serem valiosos, tem que ser bem remunerados, e nós desenvolvemos esse plano, onde a governadora arcou com o ônus para formar e capacitar os nossos servidores", disse.O governo formou no último mandato mais de cinco mil agentes de saúde comunitários, também foram promovidos cursos de capacitação para os demais servidores.Adelmaro cita a Constituição de 1988, onde afirma ser direito de todo cidadão o atendimento à saúde. Em uma década e meia de Sus, experiências positivas. O Brasil avançou em diversos aspectos, como no que diz respeito à vacinação de doenças como a poliomielite e é um dos lugares mais avançados do mundo em tratamento e prevenção de Aids.Problemas de financiamentos, sentidos pelos Governos dos Estados e, conseqüentemente, pelos municípios, serão solucionados com a regulamentação da emenda 20, que determina que a Federação gaste com saúde 10% do que arrecada, o Estado 12% e os municípios 15%. Essa proposta está há dois anos no Congresso Nacional esperando ser votada.Participação dos municípios será estabelecer metas, como números de mortalidade infantil, materna, combate às endemias e fortalecimento da vigilância sanitária. Cada faixa de poder terá que assumir sua responsabilidade.Outra proposta citada pelo secretário é descentralizar os grandes hospitais. O Walfredo Gurgel amputa, por ano, 368 membros, de cidadãos que não tiveram diagnósticos precoces da sua diabete ou hipertensão. "Trabalhar com a prevenção. Tratar as doenças crônicas como tais, com atenção, acesso à medicação, a médicos que possam controlá-las", diz.O governo pretende aprimorar o Programa de Saúde da Família, cobrar a carga horária dos profissionais e formar uma rede de assistência hierarquizada. "O Estado está se redefinindo. Muitas vezes, o governo estadual tem uma forma de trabalho hospitalar e o município tem outra, então o pacto também pressupõe essa discussão", continua.Verificar as necessidades de cada município e de cada hospital, para ter uma política a médio e longo prazo na assistência à saúde, também é uma idéia incentivada pelo Ministério da Saúde.Todos os investimentos na área de saúde foram feitos nos hospitais, com isso, eles ficaram superlotados e a população tem procurado menos as Unidades Básicas de Saúde. Segundo ele, todos os pacientes têm que ter o mesmo grau de importância.Isso será feito através do investimento em tecnologia, em novos equipamentos e em capacitação do atendimento. Cada região terá seu serviço de referência. "Nós temos que criar um sistema em que nossos pacientes tenham condições de ser atendidos. Achamos também que a maioria dos hospitais deve ser municipalizada", conclui.Colegiado gestor de saúde será instalado Em sua participação na oficina de lançamento do Pacto para a Saúde, o secretário de Saúde do município de Assu afirmou a necessidade da criação de um colegiado gestor para a organização do Hospital Regional Nelson Inácio dos Santos, que abrange 11 municípios do Vale do Açu, aproximadamente 180 mil pessoas.O município realizará uma conferência de saúde em 25 de julho, onde será estudada a situação do Vale com relação ao assunto. Segundo Ivan, um dos problemas apresentados seria um mamógrafo, que está guardado no hospital para ser inaugurado somente em época de campanha política. "Com a utilização dessa máquina, iríamos diminuir consideravelmente os casos de câncer de mama na região", explica.Ele conclui citando o exemplo da grande quantidade de pessoas que procuram os serviços do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró. "Seria de grande ajuda para as pessoas que têm que se dirigir a Mossoró. Não é brincadeira, é medida de prevenção", conclui.
(Fonte: Gazeta do Oeste)

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