O Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO/RN) se prepara para, nos próximos dias, ingressar com um recurso contra a realização do concurso da Petrobras, anunciado para o dia 9 de março. O sindicato alega que a estatal não cumpre com as determinações da Constituição, ao realizar um novo processo. Para o Sindipetro, seria necessário, antes, convocar os aprovados no último concurso, realizado em 2005.O Sindipetro contesta da empresa manter cerca de 5 mil profissionais terceirizados, mesmo diante de uma lista de espera de profissionais qualificados aprovados em 2005. Dados repassados pelo presidente do sindicato, Márcio Dias, dão conta de que a Petrobras mantém cerca de 5 mil empregados de empresas prestadoras de serviço. Sem contratos fixos. "A empresa está burlando a Constituição. Possui um banco de concursados e não contrata, mantendo pelo menos cinco mil terceirizados com contrato temporário. Por isso vamos entrar na Justiça. Este concurso não pode acontecer", esclarece Márcio Dias.Para Dias, o maior problema estaria na ocupação de cargos administrativos. "Esses cargos precisam ser ocupados por pessoas fixas, e não por contratos temporários", enfatiza o presidente.O gerente de comunicação do ativo da Petrobras em Mossoró, Flávio Eleutério, afirma que, "de forma alguma", a estatal age de maneira contrária ao que reza a Constituição brasileira no que se refere a concursos públicos. Segundo Eleutério, a denúncia do Sindipetro/RN não procede. Ele explica que o concurso realizado em 2005 prescreveu no último dia 16 de janeiro, podendo, "a empresa realizar outro concurso nos próximos dias. A Petrobras é uma empresa séria. Não burlaria a lei", justifica o gerente de comunicação.SOBRE O CONCURSO O próximo concurso da Petrobras oferece 989 vagas para o nível médio em Técnico de Operação Júnior (936) e Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instrumentos Júnior (53). Para o Rio Grande do Norte são disponibilizadas 18 vagas. As inscrições se encerraram ontem.
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